
As varizes pélvicas são uma condição muitas vezes negligenciada, mas que pode causar grande desconforto, principalmente em mulheres. Embora menos conhecidas do que as varizes das pernas, elas também podem comprometer a qualidade de vida e exigir atenção médica especializada.
Médico especialista em Varizes Pélvicas
O médico especialista em doenças arteriais, venosas e linfáticas é o Angiologista e Cirurgião Vascular.

Para se tornar um Cirurgião Vascular, foi necessário seguir os seguintes passos de formação:
- Graduação em Medicina: duração de 6 anos
- Residência em Cirurgia Geral: duração 2 anos
- Residência em Cirurgia Vascular: duração 2 anos
Além disso, fiz um Fellowship (programa de complementação especializada) durante 2 anos em Cirurgia de Transplante de Rins, Fígado e Pâncreas – atuando durante 1 ano como Cirurgião de Transplante em Curitiba-PR.
A profissão nos obriga a estar em constante atualização profissional, participando de cursos de atualização, congressos e atividades científicas. Após passar por este longo e rigoroso processo de formação, me sinto apto e qualificado para diagnosticar e tratar as doenças relacionadas a Cirurgia Vascular.
Dr Halison Vilacorta é médico Cirurgião Vascular e Endovascular em Tubarão – SC. Cirurgião Vascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Unimed em Tubarão. Dr Halison é Pós-Graduado em Medicina de Urgência e também tem Fellowship em Cirurgia de Transplante em Órgãos Abdominais.
Prezamos por um atendimento personalizado, humanizado e eficaz. Acredito no poder da empatia e do cuidado individualizado, trabalhando lado a lado com meus pacientes para alcançarmos bons resultados em sua saúde vascular.
Dr Halison Vilacorta é o Cirurgião Vascular mais bem avaliado no site da Doctoralia em Tubarão
O que são Varizes Pélvicas?
Varizes pélvicas são veias dilatadas localizadas na região da pelve — a parte inferior do abdômen que abriga órgãos como o útero, ovários, bexiga e parte do intestino. Essa dilatação ocorre porque as válvulas das veias, que normalmente impedem o refluxo de sangue, deixam de funcionar corretamente. Como resultado, o sangue se acumula nessas veias, provocando aumento de volume, dor e outros sintomas.
Essa condição é mais comum em mulheres em idade fértil, especialmente aquelas que já tiveram gestações. Isso ocorre porque a gravidez pode aumentar a pressão nas veias da pelve, favorecendo a formação dessas varizes.
Quais são os sintomas?
Muitas vezes, as varizes pélvicas passam despercebidas ou são confundidas com outros problemas ginecológicos. Os principais sintomas incluem:
- Dor pélvica crônica: geralmente uma dor contínua e incômoda, que piora ao final do dia, após longos períodos em pé ou durante a menstruação.
- Sensação de peso na pelve: uma sensação de “peso” na parte inferior do abdômen.
- Desconforto durante ou após relações sexuais (dispareunia).
- Aumento da frequência urinária ou sensação de bexiga cheia.
- Veias visíveis na vulva, região das nádegas ou parte interna das coxas.
- Sintomas semelhantes aos de varizes nas pernas, como dor e cansaço.
É importante ressaltar que esses sintomas podem variar bastante de mulher para mulher e nem sempre estão todos presentes.
Por que elas acontecem?
Existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver varizes pélvicas:
- Gravidez: aumenta o volume sanguíneo e a pressão sobre as veias da pelve.
- Alterações hormonais: principalmente os altos níveis de estrogênio, que podem causar relaxamento das paredes das veias.
- Histórico familiar de varizes.
- Obstruções venosas ou refluxo em veias maiores, como a veia ovariana ou a veia ilíaca.
Também é possível que algumas mulheres tenham uma predisposição anatômica que favorece o aparecimento das varizes na região pélvica.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser um desafio, pois os sintomas são parecidos com os de outras condições, como endometriose, cistos ovarianos ou infecções urinárias. Por isso, é comum que a mulher passe por vários especialistas antes de chegar ao diagnóstico correto.
Os exames mais utilizados incluem:
- Ultrassonografia com Doppler transvaginal ou abdominal: permite visualizar o fluxo sanguíneo nas veias da pelve.
- Angiotomografia ou angiorressonância magnética: ajudam a visualizar com mais detalhes a anatomia venosa da pelve.
- Flebografia pélvica: considerado o exame padrão-ouro, pois permite visualizar diretamente as veias dilatadas através da injeção de contraste.

Existe tratamento?
Sim, existem diversas opções de tratamento, que variam de acordo com a gravidade dos sintomas e o impacto na qualidade de vida da paciente. Os principais são:
1. Tratamento Clínico
- Uso de medicamentos que ajudam a melhorar o tônus das veias e reduzir a dor (venotônicos).
- Anticoncepcionais hormonais em alguns casos, para reduzir o fluxo menstrual e os sintomas relacionados.
- Mudanças de estilo de vida: evitar ficar muito tempo em pé ou sentada, praticar atividades físicas regulares e manter o peso adequado.
No entanto, o tratamento clínico nem sempre é suficiente, principalmente em casos mais avançados ou quando há falha na resposta aos medicamentos.
2. Tratamento Endovascular (Embolização)
A embolização das varizes pélvicas é um procedimento minimamente invasivo, realizado por um radiologista intervencionista. Por meio de um cateter introduzido pela virilha ou braço, o médico alcança as veias comprometidas e insere pequenas molas ou substâncias que bloqueiam o fluxo anormal, “fechando” a veia doente.
Essa técnica tem sido cada vez mais utilizada devido à sua eficácia e recuperação rápida. A maioria das pacientes pode voltar às suas atividades normais em poucos dias.

3. Tratamento Cirúrgico
Em casos muito específicos ou quando não é possível fazer a embolização, pode-se recorrer à cirurgia para remover ou ligar as veias afetadas. No entanto, essa abordagem é menos comum atualmente devido aos bons resultados da embolização.
E os homens, podem ter Varizes Pélvicas?
Embora muito mais rara, essa condição também pode acometer homens, geralmente associada à presença de varicocele — uma dilatação das veias no escroto, que pode afetar a fertilidade. Em alguns casos, a causa está relacionada à obstrução ou compressão da veia renal esquerda, condição conhecida como Síndrome de Nutcracker ou “Quebra-Nozes“.

Conclusão
As varizes pélvicas são uma causa importante de dor pélvica crônica nas mulheres, especialmente aquelas em idade fértil ou com histórico de gestações. Apesar de pouco conhecidas, elas podem ser tratadas com excelentes resultados, principalmente quando diagnosticadas corretamente.
Se você sente dores frequentes na pelve, que pioram com o tempo ou não melhoram com tratamentos comuns, procure um médico vascular ou ginecologista com experiência em doenças venosas. Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença na sua qualidade de vida.
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