Dr. Halison Vilacorta

O diabetes é uma doença crônica muito conhecida, mas o que muitas pessoas não sabem é que ele pode causar complicações sérias nos pés, o chamado pé diabético.

Essa condição é uma das maiores causas de amputações não traumáticas no mundo e, na maioria das vezes, pode ser evitada com cuidados simples e atenção diária.

Neste artigo, vamos explicar o que é o pé diabético, como ele se desenvolve, quais são os sinais de alerta, e principalmente: como prevenir essa complicação tão grave.


Médico especialista em Pé Diabético

O médico especialista em doenças arteriais, venosas e linfáticas é o Angiologista e Cirurgião Vascular.

Para se tornar um Cirurgião Vascular, foi necessário seguir os seguintes passos de formação:

  1. Graduação em Medicina: duração de 6 anos
  2. Residência em Cirurgia Geral: duração 2 anos
  3. Residência em Cirurgia Vascular: duração 2 anos

Além disso, fiz um Fellowship (programa de complementação especializada) durante 2 anos em Cirurgia de Transplante de Rins, Fígado e Pâncreas – atuando durante 1 ano como Cirurgião de Transplante em Curitiba-PR.

A profissão nos obriga a estar em constante atualização profissional, participando de cursos de atualização, congressos e atividades científicas. Após passar por este longo e rigoroso processo de formação, me sinto apto e qualificado para diagnosticar e tratar as doenças relacionadas a Cirurgia Vascular.

Dr Halison Vilacorta é médico Cirurgião Vascular e Endovascular em Tubarão – SC. Cirurgião Vascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Unimed em Tubarão. Dr Halison é Pós-Graduado em Medicina de Urgência e também tem Fellowship em Cirurgia de Transplante em Órgãos Abdominais. 

Prezamos por um atendimento personalizado, humanizado e eficaz. Acredito no poder da empatia e do cuidado individualizado, trabalhando lado a lado com meus pacientes para alcançarmos bons resultados em sua saúde vascular.

Dr Halison Vilacorta é o Cirurgião Vascular mais bem avaliado no site da Doctoralia em Tubarão

🦶 O que é pé diabético?

O termo “pé diabético” se refere a alterações nos pés causadas pelo diabetes mal controlado, geralmente por longos períodos. Essas alterações incluem infecções, feridas difíceis de cicatrizar (úlceras) e destruição de tecidos, que podem evoluir para necrose ou até necessidade de amputação.

Trata-se de uma complicação comum e grave, que pode afetar tanto homens quanto mulheres com diabetes tipo 1 ou tipo 2.


⚙️ Como o diabetes afeta os pés?

O diabetes mal controlado pode causar dois problemas principais nos pés:

1. Neuropatia diabética

É o dano nos nervos provocado pela glicose alta no sangue. Os nervos dos pés são os mais afetados, e com isso o paciente pode perder a sensibilidade.

Isso significa que pequenos machucados, bolhas, queimaduras ou cortes podem passar despercebidos, favorecendo infecções.

2. Má circulação (doença arterial periférica)

O diabetes também danifica os vasos sanguíneos, dificultando a circulação principalmente nas extremidades. Isso faz com que feridas demorem mais a cicatrizar, além de enfraquecer o sistema imunológico local.

A combinação de perda de sensibilidade + má circulação = alto risco de infecções graves e complicações.


🚨 Quais os sinais de alerta?

Estar atento aos sinais iniciais é essencial para evitar que a situação piore. Procure ajuda médica se perceber:

  • Feridas ou úlceras nos pés que não cicatrizam em poucos dias.
  • Calos ou bolhas que ficam escuras ou inflamadas.
  • Mau cheiro persistente vindo de um ferimento.
  • Vermelhidão, inchaço ou calor local.
  • Alterações na cor da pele, como manchas escuras ou arroxeadas.
  • Deformidades nos pés, como dedos em garra ou joanetes agravados.
  • Dor ou queimação nos pés (mesmo sem feridas).
  • Perda de sensibilidade ao toque, calor ou dor.

Mesmo que o machucado pareça pequeno, nunca ignore um ferimento nos pés se você tem diabetes.


🧴 Como prevenir o pé diabético?

A prevenção começa com o controle rigoroso da glicemia e cuidados diários com os pés. Veja algumas dicas simples e eficazes:

🧼 1. Higiene diária

  • Lave os pés todos os dias com água morna e sabão neutro.
  • Seque muito bem, especialmente entre os dedos.

🧦 2. Hidratação da pele

  • Use cremes hidratantes nos pés (exceto entre os dedos) para evitar rachaduras.

👣 3. Inspeção diária dos pés

  • Verifique todos os dias se há cortes, bolhas, calos, unhas encravadas ou alterações de cor.
  • Use um espelho ou peça ajuda se tiver dificuldade.

🧦 4. Escolha adequada de calçados

  • Use sapatos confortáveis, fechados e sem costuras internas.
  • Evite andar descalço, até mesmo dentro de casa.
  • Meias de algodão ou próprias para diabéticos são as mais indicadas.

🦶 5. Cuidados com as unhas e calos

  • Corte as unhas retas, com cuidado, e evite cutucar calos.
  • Se necessário, procure um profissional de saúde (médico ou podólogo).

🩺 6. Acompanhamento médico regular

  • Faça consultas periódicas com endocrinologista e exame dos pés com um profissional de saúde.

🩸 7. Controle rigoroso da glicemia, colesterol e pressão arterial

  • Uma boa glicemia reduz drasticamente o risco de complicações nos pés.

🧪 Quando procurar um especialista?

Se houver qualquer ferida que não cicatriza em até uma semana, ou sinais de infecção (pus, mau cheiro, dor, febre), o ideal é procurar um médico vascular, endocrinologista ou cirurgião especializado em pé diabético.

Em alguns casos, pode ser necessário:

  • Internação hospitalar;
  • Tratamento com antibióticos;
  • Cirurgias para limpar os tecidos afetados;
  • E, em casos extremos, amputações para salvar a vida do paciente.

Quanto mais precoce for o atendimento, maior a chance de salvar o pé e evitar complicações.


❓Sabia que…

  • Cerca de 15% das pessoas com diabetes desenvolverão uma úlcera no pé em algum momento da vida?
  • E que 85% das amputações relacionadas ao diabetes começam com uma ferida simples que foi negligenciada?

A boa notícia é que a maioria dos casos pode ser evitada com prevenção diária e orientação correta.


🫶 Convivendo com o diabetes com segurança

O diagnóstico de diabetes exige mudanças de hábito, mas isso não significa viver com medo. Cuidar dos pés deve fazer parte da sua rotina, tanto quanto escovar os dentes ou controlar a glicemia.

Ensinar familiares e cuidadores a ajudar na inspeção e higiene dos pés também pode salvar vidas.

Lembre-se: um pequeno ferimento pode se tornar um grande problema se não for tratado a tempo.


📌 Conclusão

O pé diabético é uma complicação grave, mas totalmente evitável na maioria dos casos. Controlar o diabetes, manter cuidados simples no dia a dia e buscar ajuda ao primeiro sinal de problema são atitudes que fazem toda a diferença.

Compartilhe essa informação com quem tem diabetes ou cuida de alguém com a doença. Prevenir é sempre o melhor caminho.


📚 Referências Bibliográficas

  1. Boulton AJM, et al. Comprehensive foot examination and risk assessment: a report of the task force of the foot care interest group of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2008;31(8):1679–1685. https://doi.org/10.2337/dc08-9021
  2. Organização Mundial da Saúde (OMS). Guidelines on the management of diabetic foot ulcers. Geneva: WHO; 2019.
  3. Ministério da Saúde do Brasil. Manual de pé diabético. Brasília: 2016.
  4. Armstrong DG, Boulton AJM, Bus SA. Diabetic Foot Ulcers and Their Recurrence. N Engl J Med. 2017;376(24):2367–2375. https://doi.org/10.1056/NEJMra1615439
  5. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes 2023-2024. https://www.diabetes.org.br

Saiba mais em: www.vilacorta.com.br/check-up

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