O mapeamento venoso dos membros inferiores é uma técnica diagnóstica essencial na avaliação das doenças venosas, incluindo varizes, insuficiência venosa crônica e trombose venosa profunda (TVP).
Este procedimento utiliza ultrassonografia Doppler, uma ferramenta não invasiva que permite a visualização das veias e a avaliação do fluxo sanguíneo em tempo real. O mapeamento venoso é fundamental tanto para o planejamento cirúrgico quanto para o acompanhamento de pacientes com doenças venosas, proporcionando informações detalhadas sobre a anatomia venosa e a função das válvulas venosas. Neste artigo, discutiremos em detalhes o mapeamento venoso dos membros inferiores, abordando suas indicações, metodologia, interpretação dos resultados e sua importância no manejo das doenças venosas, com base na literatura científica disponível.
Médico especialista em Ecodoppler venoso (Mapeamento Venoso):
O médico especialista em doenças arteriais, venosas e linfáticas é o Angiologista e Cirurgião Vascular.
Para se tornar um Cirurgião Vascular, foi necessário seguir os seguintes passos de formação:
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Além disso, fiz um Fellowship (programa de complementação especializada) durante 2 anos em Cirurgia de Transplante de Rins, Fígado e Pâncreas – atuando durante 1 ano como Cirurgião de Transplante em Curitiba-PR.
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Dr Halison Vilacorta é médico Cirurgião Vascular e Endovascular em Tubarão – SC. Cirurgião Vascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Unimed em Tubarão. Dr Halison é Pós-Graduado em Medicina de Urgência e também tem Fellowship em Cirurgia de Transplante em Órgãos Abdominais.
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Dr Halison Vilacorta é o Cirurgião Vascular mais bem avaliado no site da Doctoralia em Tubarão
O que é o mapeamento venoso dos membros inferiores?
O mapeamento venoso dos membros inferiores é um exame ultrassonográfico que utiliza o Doppler para avaliar a morfologia e a hemodinâmica das veias. Esse procedimento é essencial para identificar anomalias nas veias superficiais e profundas, permitindo a visualização de refluxo valvular, obstruções e outras alterações patológicas. É amplamente utilizado na avaliação pré-operatória de pacientes com varizes e em casos de insuficiência venosa crônica, além de ser um exame de escolha para a detecção de trombose venosa profunda.
Indicações
As principais indicações para o mapeamento venoso dos membros inferiores incluem:
- Varizes: O mapeamento venoso é crucial para determinar a origem e a extensão das varizes, identificando quais veias estão afetadas e se há refluxo valvular significativo. Essas informações são essenciais para o planejamento cirúrgico, como na escolha entre escleroterapia, ablação térmica ou cirurgia de remoção de veias.
- Insuficiência venosa crônica: Em pacientes com sintomas de insuficiência venosa, como edema, dor, sensação de peso nas pernas e úlceras venosas, o mapeamento venoso ajuda a avaliar o grau de refluxo nas veias e a função das válvulas, auxiliando na decisão do tratamento mais adequado.
- Trombose venosa profunda (TVP): O exame é utilizado para a detecção de coágulos nas veias profundas, ajudando a diagnosticar a TVP e a monitorar a resposta ao tratamento anticoagulante.
- Planejamento de cirurgias vasculares: Em pacientes que necessitam de cirurgias vasculares, como bypass venoso ou ligadura de veias perfurantes, o mapeamento venoso fornece informações detalhadas sobre a anatomia venosa e a patência das veias, permitindo um planejamento cirúrgico mais preciso.
- Acompanhamento pós-operatório: Após procedimentos como ablação térmica ou cirurgia de varizes, o mapeamento venoso é utilizado para monitorar o sucesso do tratamento e detectar recidivas.
Metodologia
O mapeamento venoso é realizado por um médico ou tecnólogo em ultrassonografia treinado, utilizando um aparelho de ultrassom equipado com Doppler. O procedimento é não invasivo, indolor e geralmente realizado com o paciente em pé e deitado, para permitir uma avaliação abrangente das veias superficiais e profundas.
As etapas do mapeamento venoso incluem:
- Posicionamento do paciente: O paciente é posicionado em pé para a avaliação das veias superficiais e deitado para a avaliação das veias profundas. A posição em pé é importante porque o refluxo venoso pode ser exacerbado pela gravidade, permitindo uma avaliação mais precisa.
- Aplicação de gel: Um gel condutor é aplicado na pele para facilitar a transmissão das ondas ultrassonográficas.
- Varredura ultrassonográfica: O transdutor de ultrassom é movido ao longo da perna, desde a virilha até o tornozelo, para visualizar as veias. O Doppler é utilizado para avaliar o fluxo sanguíneo e detectar refluxo valvular ou obstruções.
- Teste de compressão: O teste de compressão é realizado para avaliar a patência das veias. Durante o teste, o operador aplica pressão com o transdutor sobre a pele para comprimir as veias superficiais, observando se elas se colapsam normalmente. A ausência de colapso pode indicar a presença de um coágulo.
- Avaliação do refluxo venoso: Para avaliar o refluxo, o operador pode solicitar ao paciente que faça manobras respiratórias ou contraiam os músculos da panturrilha, enquanto o Doppler registra o fluxo sanguíneo nas veias. A presença de refluxo prolongado é indicativa de insuficiência venosa.
Interpretação dos resultados
A interpretação do mapeamento venoso dos membros inferiores requer um entendimento detalhado da anatomia venosa e dos padrões normais e anormais de fluxo sanguíneo. Os principais achados que podem ser detectados incluem:
- Refluxo valvular: O refluxo é identificado quando o sangue flui para trás nas veias durante a compressão ou após manobras respiratórias. A duração do refluxo é um indicador importante da gravidade da insuficiência venosa. Refluxos de curta duração (menos de 0,5 segundos) são considerados normais, enquanto refluxos mais longos indicam insuficiência valvular.
- Veias dilatadas: O mapeamento venoso permite a medição do diâmetro das veias. Veias superficiais dilatadas são características de varizes, enquanto a dilatação de veias profundas pode sugerir insuficiência venosa crônica.
- Obstruções: A presença de coágulos, como na trombose venosa profunda, é identificada pela visualização direta do trombo e pela ausência de colapso venoso durante o teste de compressão.
- Válvulas incompetentes: As válvulas venosas são avaliadas quanto à sua capacidade de impedir o refluxo sanguíneo. Válvulas incompetentes permitem o refluxo e contribuem para o desenvolvimento de varizes e insuficiência venosa.
Importância no manejo das doenças venosas
O mapeamento venoso dos membros inferiores é fundamental para o manejo eficaz das doenças venosas. Ele fornece informações detalhadas que permitem aos médicos escolher o tratamento mais adequado para cada paciente, seja ele conservador, com uso de meias de compressão e mudanças no estilo de vida, ou intervencionista, com escleroterapia, ablação térmica ou cirurgia.
No caso de varizes, o mapeamento venoso é crucial para identificar a veia safena magna ou pequena como fonte do refluxo, orientando o tratamento. Na insuficiência venosa crônica, o exame ajuda a monitorar a progressão da doença e a eficácia do tratamento, enquanto na TVP, é essencial para o diagnóstico precoce e a prevenção de complicações graves, como embolia pulmonar.
Além disso, o mapeamento venoso é indispensável no planejamento de procedimentos cirúrgicos vasculares, garantindo que as veias adequadas sejam utilizadas para bypasses ou outras intervenções.
Conclusão
O mapeamento venoso dos membros inferiores é uma ferramenta diagnóstica indispensável na prática clínica, especialmente no manejo das doenças venosas. Sua capacidade de fornecer informações detalhadas sobre a anatomia venosa e a função das válvulas permite um planejamento terapêutico mais preciso e eficaz, contribuindo para melhores desfechos clínicos. Com a evolução das técnicas ultrassonográficas, o mapeamento venoso continua a ser uma ferramenta essencial no arsenal dos profissionais de saúde dedicados ao tratamento das doenças venosas.
Referências
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VEJA TAMBÉM: https://vilacorta.com.br/varizes