Dr. Halison Vilacorta

Artéria com DAP
Artéria com doença arterial periférica (DAP)

A doença arterial periférica (DAP) é uma condição comum e grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Ela se caracteriza pelo estreitamento das artérias que fornecem sangue para os membros, especialmente as pernas, resultando em um fluxo sanguíneo insuficiente para atender às necessidades dos tecidos.

A DAP está fortemente associada à aterosclerose, um processo patológico em que placas de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes arteriais, endurecendo e estreitando as artérias. Essa condição tem importantes implicações para a saúde pública, pois aumenta o risco de eventos cardiovasculares maiores, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Médico especialista em Doença Arterial Periférica:

O médico especialista em doenças arteriais, venosas e linfáticas é o Angiologista e Cirurgião Vascular.

Para se tornar um Cirurgião Vascular, foi necessário seguir os seguintes passos de formação:

  1. Graduação em Medicina: duração de 6 anos
  2. Residência em Cirurgia Geral: duração 2 anos
  3. Residência em Cirurgia Vascular: duração 2 anos

Além disso, fiz um Fellowship (programa de complementação especializada) durante 2 anos em Cirurgia de Transplante de Rins, Fígado e Pâncreas – atuando durante 1 ano como Cirurgião de Transplante em Curitiba-PR.

A profissão nos obriga a estar em constante atualização profissional, participando de cursos de atualização, congressos e atividades científicas. Após passar por este longo e rigoroso processo de formação, me sinto apto e qualificado para diagnosticar e tratar as doenças relacionadas a Cirurgia Vascular.

Dr Halison Vilacorta é médico Cirurgião Vascular e Endovascular em Tubarão – SC. Cirurgião Vascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição e Hospital Unimed em Tubarão. Dr Halison é Pós-Graduado em Medicina de Urgência e também tem Fellowship em Cirurgia de Transplante em Órgãos Abdominais. 

Prezamos por um atendimento personalizado, humanizado e eficaz. Acredito no poder da empatia e do cuidado individualizado, trabalhando lado a lado com meus pacientes para alcançarmos bons resultados em sua saúde vascular.

Dr Halison Vilacorta é o Cirurgião Vascular mais bem avaliado no site da Doctoralia em Tubarão

O que é a doença arterial periférica?

A doença arterial periférica ocorre quando há uma obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo nas artérias periféricas, particularmente nas artérias das pernas. Essa obstrução é causada principalmente pela aterosclerose, mas outras condições, como a formação de coágulos sanguíneos, lesões arteriais ou inflamação dos vasos sanguíneos, também podem contribuir para a doença.

Quando as artérias das pernas ficam bloqueadas ou estreitadas, os músculos não recebem oxigênio suficiente durante a atividade física, causando dor, fraqueza e cãibras. Em casos mais graves, a circulação sanguínea pode ser tão comprometida que os tecidos começam a morrer, levando a complicações graves, como úlceras, infecções e gangrena.

Gangrena iniciando nos dedos

Causas

A principal causa da DAP é a aterosclerose, uma condição em que as artérias se tornam estreitadas e endurecidas devido ao acúmulo de placas de gordura. Este processo pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas quando afeta as artérias das pernas, leva à DAP. A aterosclerose resulta de uma combinação de fatores de risco, muitos dos quais estão ligados ao estilo de vida.

Além da aterosclerose, outras causas da DAP incluem:

  • Coágulos sanguíneos: Podem bloquear as artérias periféricas e causar obstruções.
  • Lesões arteriais: Traumas ou cirurgias que afetam as artérias podem resultar na formação de cicatrizes ou no estreitamento das artérias.
  • Vasculites: Inflamação dos vasos sanguíneos pode causar o estreitamento das artérias.

Fatores de risco

Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver DAP, incluindo:

  1. Idade avançada: O risco de DAP aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos. Estudos indicam que aproximadamente 20% das pessoas com mais de 70 anos podem ter DAP, mesmo que muitas não apresentem sintomas evidentes.
  2. Tabagismo: O fumo é o principal fator de risco evitável para DAP. Substâncias químicas no tabaco danificam o revestimento interno das artérias e promovem a formação de placas. Fumantes têm até quatro vezes mais probabilidade de desenvolver DAP do que não fumantes.
  3. Diabetes: Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver DAP devido ao comprometimento do sistema circulatório causado pelos altos níveis de açúcar no sangue. A DAP é duas a quatro vezes mais comum em indivíduos com diabetes.
  4. Hipertensão arterial: A pressão alta danifica as artérias ao longo do tempo, tornando-as mais suscetíveis à aterosclerose.
  5. Dislipidemia: Altos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue podem contribuir para o acúmulo de placas nas artérias.
  6. Histórico familiar de doenças cardiovasculares: Ter parentes próximos com doenças cardíacas ou DAP aumenta o risco de desenvolver a condição.
  7. Obesidade: O excesso de peso está relacionado a outros fatores de risco, como diabetes, hipertensão e dislipidemia, aumentando o risco de DAP.
Cigarro: Um dos maiores causadores de DAP

Sintomas

Os sintomas da DAP podem variar amplamente, desde assintomáticos até dor incapacitante. Os sinais mais comuns incluem:

  • Claudicação intermitente: Este é o sintoma mais característico da DAP e se manifesta como dor ou cãibra nos músculos das pernas ou dos quadris durante a caminhada ou exercício, que melhora com o repouso.
  • Dor em repouso: À medida que a doença progride, a dor pode ocorrer mesmo quando a pessoa está em repouso, especialmente à noite.
  • Úlceras ou feridas nos pés: As feridas que não cicatrizam ou cicatrizam lentamente podem ser um sinal de fluxo sanguíneo reduzido.
  • Pele fria ou descolorida: As áreas afetadas podem se tornar frias ao toque, com uma coloração azulada ou pálida.
  • Redução do crescimento de pelos nas pernas: A má circulação sanguínea pode retardar o crescimento dos pelos ou causar a perda dos mesmos.

Diagnóstico

O diagnóstico da DAP começa com uma história clínica detalhada e um exame físico. O médico pode realizar testes específicos para confirmar a presença da doença e avaliar sua gravidade. Alguns dos testes mais comumente usados incluem:

  • Índice tornozelo-braquial (ITB): Este é o teste mais comum para diagnosticar a DAP. Ele compara a pressão arterial nos tornozelos com a pressão arterial nos braços. Um ITB baixo sugere um fluxo sanguíneo reduzido para as pernas.
  • Ultrassonografia Doppler: Esse exame usa ondas sonoras para criar imagens das artérias e medir o fluxo sanguíneo. Ele pode identificar a localização e o grau de obstrução.
  • Angiografia: A angiografia por tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) pode fornecer imagens detalhadas das artérias e ajudar a planejar o tratamento

Tratamento

O tratamento da DAP visa aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves. As opções de tratamento incluem mudanças no estilo de vida, medicamentos e intervenções cirúrgicas ou minimamente invasivas.

  1. Mudanças no estilo de vida: A modificação dos hábitos é crucial para o manejo da DAP. Isso inclui:
  • Cessação do tabagismo: Parar de fumar é a medida mais eficaz para retardar a progressão da DAP.
  • Controle da diabetes: Manter níveis adequados de glicose no sangue é essencial para reduzir as complicações da DAP.
  • Exercícios físicos: Programas de exercícios supervisionados, como caminhadas regulares, podem melhorar a claudicação intermitente e aumentar a distância percorrida sem dor.

2. Medicamentos: Os medicamentos podem ser prescritos para controlar os fatores de risco e aliviar os sintomas da DAP. Isso inclui:

  • Estatinas para reduzir o colesterol.
  • Anti-hipertensivos para controlar a pressão arterial.
  • Medicamentos antiplaquetários para reduzir o risco de coágulos sanguíneos.
  • Medicamentos vasodilatarores, que podem melhorar os sintomas da claudicação intermitente.

3. Intervenções cirúrgicas: Em casos graves, quando a circulação sanguínea é severamente comprometida, a cirurgia pode ser necessária. As opções incluem:

  • Angioplastia: Um cateter com um balão é inserido na artéria bloqueada para alargar o vaso e melhorar o fluxo sanguíneo. Um stent pode ser colocado para manter a artéria aberta.
  • Cirurgia de revascularização: Um enxerto de artéria ou veia é usado para desviar o fluxo sanguíneo ao redor da artéria bloqueada.
  • Endarterectomia: A remoção cirúrgica da placa da artéria bloqueada.

Prevenção

Prevenir a DAP envolve controlar os fatores de risco que contribuem para a aterosclerose. Isso inclui:

  • Parar de fumar.
  • Manter uma dieta saudável e equilibrada.
  • Fazer exercícios regularmente.
  • Controlar a pressão arterial, colesterol e diabetes.
  • Manter um peso saudável.

Conclusão

A doença arterial periférica é uma condição séria que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e aumentar o risco de complicações cardiovasculares. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os sintomas e prevenir complicações. Mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas podem melhorar significativamente o prognóstico de pacientes com DAP. A conscientização sobre os fatores de risco e a adesão a medidas preventivas são fundamentais para reduzir a incidência dessa doença.

Referências

  • Norgren, L., et al. (2007). “Inter-Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC II).” Journal of Vascular Surgery, 45(1), S5-S67.
  • Criqui, M.H., & Aboyans, V. (2015). “Epidemiology of Peripheral Artery Disease.” Circulation Research, 116(9), 1509-1526.
  • Conte, M.S., et al. (2019). “Global Vascular Guidelines on the Management of Chronic Limb-Threatening Ischemia.” European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, 58(1S), S1-S109.

Veja também em: https://vilacorta.com.br/placa-na-carotida/

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